Sentir

 A nossa imortalidade só vive na resiliência e permanente afecto enquanto seres conscientemente emocionais. Por nos responsabilizarmos por nós mesmos, mas por sobretudo sermos capazes de acrescentar ao outro, sem subterfúgios ou artefactos que nos e os desfoquem. É na coragem da nossa autenticidade que atraímos o que sempre nos pertenceu. 

E às vezes, precisamos de voltar a casa.

Saber qual foi o ponto de partida, qual a causa e consequência, em plenitude com as convicções pessoais de cada um. Percebemos o que é que o “eu” racional quer do “eu” emocional e entender em que linha estes se cruzam.

É importante não deixarmos de sentir, seja o que for. Conhecer a dor, a angústia, o choro, a insegurança é fundamental para nos posicionarmos na vida enquanto seres e membros ativos, para que quando um “trigger” surja saibamos de antemão usar das armas que construímos e que a determinada altura nos fortaleceram.

 Aprendi que a vulnerabilidade só nos humaniza. Nem todos estão preparados para que sejamos reais, e o choque é esse. Querem todos a verdade mas muito poucos a vivem por dentro. E é na veracidade daquilo que é real que sentimos tudo.

Ser-se um mero espectador é deixar tudo o que temos ao alcance de sentir,em pausa.

O medo não existe, é criado por cenários mentais sobre hipóteses que vivem no futuro. E enquanto lhe dermos cores e contrastes a sombra do medo tende a enraizar-se no sítio onde temos mais luz. E é nessa altura que temos de nos lembrar que a luz não é só refletora, fomos nós que a fizemos nascer. Só respeito o medo porque a linha emocional dele se cruzou com a minha linha racional. E deu trabalho, alimentar a luz em mim para lhe dar resposta, mas o amor bem dado não se nega.

 

Sintamos sempre, para sempre.



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Espelhos reflectores de Felicidade*=)