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Sentir

 A nossa imortalidade só vive na resiliência e permanente afecto enquanto seres conscientemente emocionais. Por nos responsabilizarmos por nós mesmos, mas por sobretudo sermos capazes de acrescentar ao outro, sem subterfúgios ou artefactos que nos e os desfoquem. É na coragem da nossa autenticidade que atraímos o que sempre nos pertenceu.  E às vezes, precisamos de voltar a casa. Saber qual foi o ponto de partida, qual a causa e consequência, em plenitude com as convicções pessoais de cada um. Percebemos o que é que o “eu” racional quer do “eu” emocional e entender em que linha estes se cruzam. É importante não deixarmos de sentir, seja o que for. Conhecer a dor, a angústia, o choro, a insegurança é fundamental para nos posicionarmos na vida enquanto seres e membros ativos, para que quando um “trigger” surja saibamos de antemão usar das armas que construímos e que a determinada altura nos fortaleceram.  Aprendi que a vulnerabilidade só nos humaniza. Nem todos estão preparados para que
Quase ninguém aceita a verdade, embora te digam sempre que te querem honesto.  E quando o és, pedem-te que te desdobres em mil e uma delicadezas de forma a que a tua verdade, não vá de encontro ao que eles já conhecem acerca de si mesmos. A verdade na sua mais plena autenticidade é a  c onformidade   da   ideia   com   o   objecto ,  do   dito   com   o   feito ,  do   discurso   com   a   realidade .  ≠  ERRO ,  ILUSÃO ,  MENTIRA .  Se é exatamente o oposto do erro, ilusão e mentira,  não era tudo mais simples se nos víssemos sempre no espelho da alma, dos outros? Porque é que ainda se confundem conceitos como veracidade e agressividade ?  Se eu for brutalmente honesta estou a agredir a sensibilidade do outro? E a falta de noção?Encontrou-se onde? Porque é que eu sendo um ser humano provido de sensibilidade intelectual não posso reconhecer no outro, as mesmas características? Porque é que tenho de descer um degrau na escada da inteligência emocional pa
Na normalidade das coisas, quase sempre consigo ter o regresso a mim que procuro. Nem tudo me convida a regressar ao ponto de partida...mas o que tinha como essencial tendo ficado tão lá atrás me prende a quem eu era,aos sonhos,aos domínios,aos estados de alma. E em tudo o que sinto falta,vejo-me tão distante. Questiono as minhas opções,as alternativas que tinha diante de mim e ainda assim os caminhos tomados... Hoje, percebo que não vivo de lamentos,nem quero. O desperdício do tempo prende-se com as más gestões de pessoas enquanto recursos. Existem domínios que não merecem recordações porque não nos demonstram a pessoa que fez algum do percurso connosco,demonstram-nos apenas o quão ridículos fomos e o quão nos deixamos estupidificar a determinada fase do processo. E a facilidade de culparmos a existência do outro torna-nos seres miseravelmente ainda menos capazes de resposta. A ter-me sido questionado na altura o quão desesperadamente eu precisava de associações,a minha resp
O tempo é o que o tempo quiser ser. E esta afirmação carregada de assunção tem por recurso,o crédito e débito do que se julgava ter como "quase-certo", mesmo sem nunca o ter tido concretamente. Porque afinal estamos sempre a divagar o subterfúgio ele mesmo,de modo a que não exista compromisso peremptório. Chamam-lhe: círculo. No que diz respeito a assumir-me, raras são as vezes que o faço sem me esconder atrás das palavras que me guiam para onde me deixo levar .E eu que as conheço tão bem mimo-as, dou-lhe o contorno que talvez precisasse em retorno,mas eu jamais o admitiria,era invalidar tudo o que me fez,tudo o que me deu cor e contornos. Parece-me é que o tempo passou,e tendo-me dado várias vezes avisos prévios de que o levava consigo,eu achei que podia entregar a espera ao tempo,supunha que conseguiam entender-se sem precisarem da minha aprovação.  E de facto, o tempo não ma pediu.  Fez-me aprender da melhor forma possível que as coisas eternas só o são até o
As lembranças que ficam são as que interessariam a todo o Ser provido de emoção,guardar. São os sorrisos dessa altura que ficam, são os olhares ternos que nos encheram a alma,  nos confortaram ,nos fizeram sentir o melhor do mais belo em nós. E para alguém ser dotado dessa capacidade de nos preencher, de nos saber ler, de abraçar o sentimento sem mãos dadas ao intelecto, é sinal que alguma partícula nossa não de deixou condicionar à razão da razão das coisas. Nos momentos de reflexão, os que ainda nos vamos permitindo, termos a consciência de que sem ela fomos amados,fomos felizes,sem que no momento o tenhamos sabido assumir,porque faz parte desta defesa mental que nos retrai, fomos moradores no mundo de alguém. Não precisámos sempre de nos interrogar,não temos de fazer crescer a teia onde , entranhadamente, vamos construindo casulo. Há a opção de nos deleitarmos na palavra,no olhar, sem direito à questão que não cala ; "é comigo?" . E para os que ,entre nós, alimentam
A insegurança tem por definição falta de segurança, inquietação...e isso eu tenho a capacidade de saber entender, mas a que níveis consegue ela ter vida? Ou por outra, até onde é que a insegurança em si mesma consegue toldar a clarividência do que está bem à frente do que , às vezes, designamos por visão imparcial? E como é que se é imparcial, dentro da preferência injusta? Dúvidas existenciais, para que vos quero? Dizer apenas que no processo, o que tinha como seguro,certo e sabido, fez as malas e despediu-se. E ao conseguir desvincular-me do cárcere deu-se em mim uma necessidade urgente de o fazer saber, a quem se despediu. Há coisas que não merecendo a pena, não vão sequer a tempo de serem remediadas. É deixar na lembrança o que convém sem suplico desmesurado, porque com isso nunca se consegue o efeito desejado. Agora agradecer-te? Isso seria o equivalente a despir a palavra da sua verdadeira acepção. Não vou guardar em mim nenhum momento que valha a pena recordar, não vou
Agora sim, isto tem pernas para andar! Agora é o processo vivido por dentro, com expressão tema e forma. Sem problemas em ter problemas de os assumir,fundamentalmente. Sem o pedido, o suplico desmesurado. Com plena consciência, ou pelo menos alguma parte dela, de que o progresso quer-se é visto de frente. E assim, nos vamos perdendo no mundo porque é aqui que se desenha no horizonte a tão aclamada oportunidade. E o mundo visto de forma meticulosamente vertical, já deixou de ter graça. Urge agora o desígnio da visão consciente, porque esta se quer sempre connosco, mas entregue a factores um bocadinho menos incomodativos,mais tolerantes até! É abraçar a ideia de que com a ideia nos salvaguardamos sempre e vá lá, sentirmos alguma gratidão de a ter bem presente em nós. E se por algum modo formos,convenientemente, assaltados pela contradição da ideia, oxalá nos seja possível dar-lhe algum conforto, não temos sempre que lhe dar luta .O controlo não tem sempre de obedecer aos nossos pa